quarta-feira, 9 de maio de 2012



Pandemia
 
Na cabeça um nó
No horizonte
Um muro de palavras em pó
Onde fugas envelhecem as rugas
Onde as ruas enobrecem as fugas
Onde tudo te sente tão só
Numa expressão sem liberdade
Que morde sua língua
Pelos cantos da cidade
Viaja Vazia
À míngua

Sua fé já não prega
Sua face trafega
Em antenas
Transmitindo apenas
Uma imagem
Sem brilho
Teoremas
Sem beijo
E mais do que aquilo
Que outrora era seu
Ri das coisas
Que seu olho
Esqueceu

Ricardo Villa Verde